Para refletir!
Ser fiel é uma escolha pessoal; não pode depender da atitude e da escolha do outro. Ou você é, ou você não é!
Não faça ao outro o que você não gostaria que fizessem a você. Creio que raríssimas pessoas diriam que não se importariam se fossem traídas. Assim sendo, não consigo entender porque tantas pessoas insistem em trair...
Talvez, o fato não deveria ser encarado a partir da atitude: trair ou não trair; nem tampouco a partir da vítima: ser ou não ser traído. O fato deve ser encarado a partir de quem o praticou. Isto é: você é ou não é um traidor?
Considero traição tudo aquilo que é combinado entre duas pessoas e uma delas não cumpre. Ou seja, se você, no seu relacionamento, assume a postura de estar só com aquela pessoa, supõe-se que você se sinta capaz de cumprir esse acordo. Caso contrário, deveria ser sincero o bastante para admitir que quer ficar com outras pessoas toda vez que sentir esse desejo, assumindo o risco de perder a pessoa que gosta.
Ser fiel é, acima de tudo, assumir somente os compromissos que se julga capaz de cumprir. E caso não consiga, independentemente dos seus motivos, o mais correto é não enganar e não mentir, ou melhor, ser sincero e contar ao outro que você quebrou o acordo.
Saber lidar com as consequências de seus atos pode demonstrar uma grandeza admirável, uma coragem que poucas pessoas têm. Além disso, ser absolvido diante da confissão é bem mais fácil do que ser perdoado diante da mentira e da tentativa de ludibriar a pessoa amada.
Enfim, a vida é feita de escolhas! Imagine que a vida fosse um grande e requintado cardápio, repleto de deliciosas opções. Todos nós, apreciadores do prazer, podemos ficar em dúvida e titubear antes de fazer o pedido. No entanto, teremos de fazê-lo, abrindo mão das demais opções, se quisermos desfrutar o sabor.
Quando vejo pessoas se dizendo fiéis, mas traindo a pessoa amada, imagino-as como se estivessem num belo restaurante, com o prato que escolheram diante de si, mas que de tempo em tempo, levantam-se da mesa pedindo licença para irem até o toalete e, enganando a si mesmas, correm até a cozinha se escondendo para não serem vistas e roubam colheradas de outros pratos, engolindo rapidamente e voltando correndo para seus lugares.
Resultado: não saboreiam nem o que está à sua frente e nem o que está na cozinha. Perdem o sabor peculiar de sua escolha e não sabem aproveitar de cada opção o melhor que poderiam! Perdem a oportunidade maravilhosa de degustar o indescritível sabor do amor, porque não sabem que esse prato pede sensibilidade e entrega para ser apreciado de verdade...
...E quando chega a conta, pagam caro e certamente continuam com fome!
Texto adaptado
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